Desde 15 de junho já foram encontrados 745 pinguins na costa gaúcha. Animais achados em julho vieram da Patagônia Argentina, diz órgão.
O Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos do Rio Grande do Sul (Ceclimar) divulgou uma nota oficial nesta segunda-feira (16) sobre a morte de 512 pinguins que foram encontrados na semana passada na faixa da orla entre Tramandaí e Cidreira, no Litoral Norte do estado. O órgão ligado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) indicou que a causa da morte dos animais foi natural.
"É importante ressaltar que a maioria dos espécimes encontrados na última semana eram animais juvenis e que estão no primeiro ano de vida e são inexperientes. Todos apresentavam o mesmo padrão de autólise dos tecidos (estágio de decomposição), estavam magros, com alta carga parasitária, ausência de lesões externas e ausência de óleo na plumagem. Todos esses aspectos associados à entrada de frentes frias na última semana são condizentes com o padrão de encalhes observado no litoral gaúcho anualmente, embora tenhamos tido uma grande concentração entre Tramandaí e Cidreira, e que indica ser fruto do processo de seleção natural", diz a nota oficial divulgada pelo Ceclimar.
Ainda segundo o texto, a espécie encontrada no Rio Grande do Sul, pinguim-de-magalhães, se reproduz nas costas leste e oeste da América do Sul, desde o Chile até a Argentina. O órgão acredita que os animais encontrados no Litoral Norte gaúcho vieram de colônias que se reproduziram na Península Valdés e Punta Tombo, na Patagônia Argentina.
Historicamente, o Ceclimar recebe no setor de reabilitação pinguins que chegam à praia debilitados, feridos ou sujos de óleo, entre as localidades de Torres, no Litoral Norte, e o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, no município de Tavares, no Litoral Sul do estado. Desde 15 de junho de 2012, já foram encontrados 745 pinguins na costa gaúcha.
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