Paulo Freitas representou o país em campeonato mundial de bartenders. Confira passo a passo como preparar dois tipos de coquetéis.
Único representante brasileiro no campeonato mundial de bartenders, encerrado na noite desta quinta-feira (12), no Copacabana Palace, Zona Sul do Rio, com a vitória do australiano Tim Philips, Paulo Freitas pode se gabar, ao menos até o ano que vem, de ser o melhor barman do país. Antes do resultado da competição, o vencedor da etapa nacional do Diageo World Class, o carioca de 29 anos ensinou nesta terça-feira, com exclusividade, como preparar dois drinks: uma releitura do clássico "Negroni" e um especialmente criado por ele, à base de vodca (assista no vídeo acima).
O talento de Paulo, designer gráfico de formação, foi desenvolvido sem pretensões enquanto estudava Desenho Industrial na faculdade. Fez um curso de barman no Senac e logo foi convidado pelo professor para trabalhar preparando drinks em eventos, em 2006. Após três anos, foi contratado pelo recém-inaugurado Bar do Copa, boate do Copacabana Palace.
“O que era hobby, virou profissão. E o que era profissão, o design, virou hobby. Se o pessoal do bar precisa de um cartaz ou um amigo quer um flyer, faço para eles, às vezes até na amizade mesmo”, conta.
Segundo Paulo, um barman de uma casa noturna ou bar ("entre os mais renomados", diz) ganha entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, mais as gorjetas. “Vivo disso, mas, sendo realista, a profissão precisa ser mais valorizada.”
Os malabarismos com garrafas e copos para preparar os drinks, habilidade que ganhou fama com o personagem de Tom Cruise no filme “Cocktail” (1988), ficam de fora do World Class. A competição valoriza, além da originalidade e sabor dos drinks, a apresentação e a interação com os juízes, mas o flair, nome técnico da modalidade com toques circenses, fica de fora.
“As cenas do Tom Cruise sempre entretendo o cliente são muito boas. Aquela clássica em que ele sobe no balcão e declama um poema com os nomes de vários drinks diferentes é ótima. A boate inteira aplaude. O barman é isso. Não é só fazer o drink, tem que entreter o cliente. Todo barman tem que ter visto ‘Cocktail’. É um ícone.”
(Veja abaixo reportagem do Jornal da Globo com Paulo Freitas)
O gosto pela bebida, no caso do carioca, é mais pelos sabores e menos para os efeitos embriagantes. “Não bebo para ficar bêbado. Gosto de apreciar um bom coquetel. Beber por beber nunca foi a minha praia. Tem sabores que só aparecem no álcool, por isso gosto da bebida”, explica Paulo, que sonha ter um bar-escola onde possa repassar seu conhecimento. “Quero falar de tudo, de física, de química, como se fosse uma faculdade mesmo.”
Um de seus ensinamento é de que o bartender precisa saber contar uma boa história. Em anos atrás do balcão, não lhe faltam causos. “Teve um cara que dormiu por muito tempo no balcão. Vinha cliente, jogava água nele, e nada. Dormiu por mais de uma hora. Pelo sotaque, era nordestino. Até que em um certo momento, precisávamos fechar o bar, sacudimos ele até acordar. ‘Onde é que eu estou?’, ele perguntou. ‘No Copacabana Palace’, respondi. ‘Eu estou no Rio de Janeiro, é? Eu viajei, foi?’, perguntou novamente. Eu disse que sim, ele parou, pensou, e pediu: ‘Oxi, bote uma bebida para mim, bote?’.
O concurso
Durante os quatro dias de competição, foram realizados oito desafios com avaliação de técnica, apresentação, criatividade, sabor e equilíbrio e expressão do destilado. Nas provas, os participantes tiveram que preparar drinks com temas como Retrô Chic, com referências aos anos 60; Hollywood, inspirados nas estrelas do cinema; Food Matching, com harmonização de pratos latinos-americanos com drinques; e Cocktails Against the Clock, em que a habilidade e velocidade eram desafiados.
Durante os quatro dias de competição, foram realizados oito desafios com avaliação de técnica, apresentação, criatividade, sabor e equilíbrio e expressão do destilado. Nas provas, os participantes tiveram que preparar drinks com temas como Retrô Chic, com referências aos anos 60; Hollywood, inspirados nas estrelas do cinema; Food Matching, com harmonização de pratos latinos-americanos com drinques; e Cocktails Against the Clock, em que a habilidade e velocidade eram desafiados.
"Negroni"
Ingredientes:
- Gim
- Vermute
- Campari
- Gelo
- Laranja
Modo de preparo:
Coloque doses iguais de gim, vermute e Campari em um copo com gelo e misture bem. Corte duas rodelas de laranja para decorar.
Ingredientes:
- Gim
- Vermute
- Campari
- Gelo
- Laranja
Modo de preparo:
Coloque doses iguais de gim, vermute e Campari em um copo com gelo e misture bem. Corte duas rodelas de laranja para decorar.
"Drink especial"
Ingredientes:
- Uvas verdes
- Limão siciliano
- Xarope de açúcar ou açúcar
- Vodca
- Gelo
Ingredientes:
- Uvas verdes
- Limão siciliano
- Xarope de açúcar ou açúcar
- Vodca
- Gelo
Modo de preparo:
Coloque aproximadamente seis uvas verdes dentro de uma coqueteleira,, esprema uma limão siciliano, coloque um pouco de xarope de açúcar ou uma colher de sopa de açúcar e adicione uma dose de vodca. Massere tudo para quebrar as cascas das uvas. Encha a coqueteleira de gelo, coloque a tampa e sacuda por 30 segundos. Sirva com o coador, em copo sem gelo.
Coloque aproximadamente seis uvas verdes dentro de uma coqueteleira,, esprema uma limão siciliano, coloque um pouco de xarope de açúcar ou uma colher de sopa de açúcar e adicione uma dose de vodca. Massere tudo para quebrar as cascas das uvas. Encha a coqueteleira de gelo, coloque a tampa e sacuda por 30 segundos. Sirva com o coador, em copo sem gelo.
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