Papéis ficaram em leilão na Bovespa até pouco após as 11h.
Negociações voltaram nesta quarta-feira após dois dias de suspensão.
As ações preferenciais do Cruzeiro do Sul despencavam 44,74%, cotadas em R$ 4,20, às 12h18 desta quarta-feira (6) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os papéis ficaram em leilão até pouco após as 11h.
A bolsa colocou as ações em leilão porque uma corretora colocou uma ordem de venda de 2.100 ações por R$ 2,15.
Com isso, a Bovespa foi obrigada a seguir a instrução 168 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que trata de procedimentos especiais, já que o potencial de queda dos papéis, em relação ao fechamento da última sexta-feira, a R$ 7,60, era de 72%.
O leilão visa equilibrar a oferta de compra e venda das ações, de forma a estabelecer um novo preço para as ações.
As ações do Banco Cruzeiro do Sul voltaram a ser negociadas neste pregão após dois dias de suspensão, quando o Banco Central anunciou intervenção na instituição, por meio do Regime de Administração Especial Temporária (Raet), pelo prazo de 180 dias.
Segundo o BC, o regime de intervenção foi decretado em decorrência do "descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro e da verificação de insubsistência em itens do ativo".
Venda do Cruzeiro do Sul
Segundo Antonio Carlos Bueno, diretor do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), entidade que assumiu a administração do banco após a determinação de intervenção pelo Banco Central, uma auditoria (Pricewaterhouse Coopers) foi contratada para avaliar as contas do Cruzeiro do Sul. O objetivo é ajustar as contas para vender a instituição para um comprador ou investidor.
Segundo Antonio Carlos Bueno, diretor do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), entidade que assumiu a administração do banco após a determinação de intervenção pelo Banco Central, uma auditoria (Pricewaterhouse Coopers) foi contratada para avaliar as contas do Cruzeiro do Sul. O objetivo é ajustar as contas para vender a instituição para um comprador ou investidor.
Operações normais
Segundo informou o Fundo Garantidor de Crédito, por meio de nota, a instituição continuará operando normalmente. A intervenção não provocará o vencimento antecipado de nenhuma operação ativa ou passiva de qualquer uma das entidades. "Igualmente não gera a ativação do mecanismo de proteção assegurado pelo FGC aos clientes de instituições financeiras submetidas a regimes especiais", acrescentou.
Segundo informou o Fundo Garantidor de Crédito, por meio de nota, a instituição continuará operando normalmente. A intervenção não provocará o vencimento antecipado de nenhuma operação ativa ou passiva de qualquer uma das entidades. "Igualmente não gera a ativação do mecanismo de proteção assegurado pelo FGC aos clientes de instituições financeiras submetidas a regimes especiais", acrescentou.
Para tirar dúvidas de clientes, o banco deixa à disposição uma central de atendimento telefônico que funcionará em horário comercial, no número (11) 3848-2865.
Com a decretação do regime especial no banco Cruzeiro do Sul, as responsabilidades serão apuradas pelo Banco Central "dentro de suas atribuições legais, em regular inquérito administrativo", segundo o FGC.
Neste domingo (3), o presidente executivo do Cruzeiro do Sul, Luis Octavio Índio da Costa, esteve reunido com representantes do FGC até cerca de 21h30 para definir o destino do seu banco, segundo reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo". A saída, no entanto, acabou mesmo sendo a intervenção.
Pequeno porte
De acordo com o BC, o banco Cruzeiro do Sul é uma instituição financeira de pequeno porte que, em dezembro de 2011, detinha ativos que representavam apenas 0,22% do total dos ativos do sistema financeiro e 0,35% dos depósitos.
De acordo com o BC, o banco Cruzeiro do Sul é uma instituição financeira de pequeno porte que, em dezembro de 2011, detinha ativos que representavam apenas 0,22% do total dos ativos do sistema financeiro e 0,35% dos depósitos.
O Cruzeiro do Sul está autorizado a operar com as carteiras comercial, de investimentos e de câmbio. Suas operações estão concentradas nas duas agências de São Paulo e do Rio de Janeiro, possuindo mais seis agências localizadas em Campinas, Salvador, Recife, Belém, Macapá e Palmas.
Por extensão, informou o BC, foi decretado o Raet nas seguintes empresas do grupo Cruzeiro do Sul, pelo mesmo prazo: Cruzeiro do Sul S.A Corretora de Valores e Mercadorias, Cruzeiro do Sul DTVM, e Cruzeiro do Sul S.A. Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros.
Regime especial
O Raet é um regime previsto na legislação em vigor, com prazo limitado, por meio do qual o Banco Central substitui os dirigentes da instituição por um conselho de diretores ou por uma pessoa jurídica especializada, com a finalidade de corrigir procedimentos operacionais ou de eliminar deficiências que possam comprometer seu funcionamento.
O Raet é um regime previsto na legislação em vigor, com prazo limitado, por meio do qual o Banco Central substitui os dirigentes da instituição por um conselho de diretores ou por uma pessoa jurídica especializada, com a finalidade de corrigir procedimentos operacionais ou de eliminar deficiências que possam comprometer seu funcionamento.
"Esse regime não afeta o andamento dos negócios da instituição, que continua a funcionar normalmente, podendo realizar todas as operações para as quais está autorizada. Em consequência, é preservada a relação dos credores e dos devedores com a instituição. Assim, tanto os compromissos de terceiros com a instituição quanto as suas dívidas continuam a vencer nos prazos originalmente contratados", informou o BC.
FGC
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma entidade privada criada em 1995 para ser um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores. O FGC permite a recuperação dos depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira em caso de falência, insolvência ou liquidação extrajudicial.
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma entidade privada criada em 1995 para ser um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores. O FGC permite a recuperação dos depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira em caso de falência, insolvência ou liquidação extrajudicial.
Todas as instituições financeiras e associações de poupança e empréstimo são associadas obrigatoriamente ao FGC e contribuem com uma porcentagem dos depósitos (2%) para a manutenção do fundo.
Atualmente, o fundo garante o pagamento de até R$ 70 mil para cada correntista em razão de perdas motivadas por problemas financeiros da instituição.
O FGC garante depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio, depósitos em contas-correntes de depósito para investimento; depósitos de poupança; depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras hipotecárias; e letras de crédito imobiliário.
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